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ALIMENTAÇÃO E VEGETARIANISMO
Comer com compaixão
Alan Garrett
A RODA DA ALIMENTAÇÃO
Para uma dieta mais compassiva, escolha os alimentos
que estão o mais próximo possível do centro.
Poucos discordariam da afirmação de que, para um estilo de vida mais compassivo, é fundamental adotar uma alimentação vegetariana. A maioria dos vegetarianos adotou essa alimentação, provavelmente, por causa da preocupação com a cruel exploração que sofrem os animais criados para a alimentação humana. Quando aprendemos mais a respeito das implicações dessa mudança na alimentação, descobrimos os trágicos fatos relacionados aos efeitos, no mundo inteiro, do hábito de consumir alimentos de origem animal — o desperdício escandaloso de recursos, a produção de enormes quantidades de grãos e pastos para alimentar o gado — à exploração da terra e da água.
À medida que entendemos melhor o estilo de vida vegetariano compreendemos que o simples não comer produtos de origem animal está longe de ser a etapa final do nosso desenvolvimento. Começamos a nos preocupar com todo o sistema de agricultura e de comércio, que são a base da nossa alimentação. Começamos a questionar o bom senso em levar os produtos através do mundo, usando quantidades enormes de combustível poluente. Ficamos imaginando se os agricultores são tratados de maneira justa, protegidos dos riscos dos agrotóxicos, do trabalho escravo, pagos o suficiente e bem cuidados. Se não podemos produzir os nossos próprios alimentos, essas preocupações deveriam afetar a seleção da comida que compramos.
Ainda outros fatores podem interferir, por exemplo, quanto podemos gastar, o que está disponível para comprar, quanto tempo temos, o que sabemos a respeito dos problemas em questão, quanto nos importamos?
A “Roda da Alimentação” reúne todas essas considerações. Produtos de origem animal são citados para comparação. Se fazemos nossa seleção por motivos de compaixão, não há diferença entre carne e lacticínios. Na verdade, vacas leiteiras sofrem por mais tempo do que o gado de corte: têm gravidez forçada, os bezerros são levados para longe, muitas desenvolvem sérios problemas de saúde e todas acabam sendo abatidas. Assim, os lacticínios são produzidos com mais crueldade que a própria carne.
É preciso encorajar o uso de produtos produzidos localmente. Produtos importados, obviamente, não são compatíveis com esses ideais e, portanto, não aparecem na “roda”. Aqueles que, devido a algum motivo mencionado acima, estão usando alguns produtos importados, deveriam ficar o mais perto possível do centro da “roda” nos outros aspectos.
Existe um espaço no centro, porque há sempre um passo a mais que podemos dar, por exemplo, os alimentos crus, a plantação de árvores, as plantas nativas. Vamos defender a produção caseira orgânico-vegetal!
O problema da alimentação
EDUCAÇÃO E ÉTICA
Mandy Kritz
Anualmente milhões de animais são criados em confinamento para engordarem, depois transportados por longos percursos e, finalmente, abatidos de forma cruel. Entretanto, na hora de consumir um bife suculento ou uma coxinha de frango crocante, a maioria das pessoas não quer ouvir falar nisso. "Carne contém nutrientes importantes que o ser humano necessita. Não podemos comer apenas hortaliças, precisamos de tudo um pouco. E isso inclui carne". Muitas vezes são comentários como este que os vegetarianos escutam de amigos que julgam saber tudo melhor, embora poucos tenham se informado sobre questões de alimentação e saúde.
Cada um tenta defender suas ações, pois cada um está convencido de que a sua é a maneira correta de viver. Assim também agem os carnívoros entre os seres humanos. Será porém, que é justo comer carne?
Responder a esta pergunta com um simples sim ou não é impossível, pois certamente depende das circunstâncias em que cada um vive. As pessoas que vivem na Antártica, por exemplo, dificilmente podem adotar uma alimentação exclusivamente vegetariana. Outras pessoas, principalmente nos países ricos e industrializados, dispõe de grande variedade de alimentos vegetarianos, com que as necessidades de elementos vitais e vitaminas podem ser supridas sem maior problema. São essas pessoas que não têm justificativa para comer carne! Existem inúmeros vegetarianos no mundo todo, com ótima saúde física comprovando que a carne não é necessária para o ser humano.
Como é possível que tantas pessoas não reconheçam este fato e continuem comendo animais? Claramente esta é uma questão educacional. Ensinamos para as crianças pequenas que devem gostar dos animais e que não devem machucá-los. Mostraram livrinhos com coelhos, vacas e gatos. Apresentamos como objetos de estimação. Por outro lado, as crianças recebem carne para comer. Quando a criança não come, leva bronca. Nem sabia direito o que estava comendo. É justamente aqui que está a crueldade, o crime, o engodo: as crianças não comem apenas cenouras ou verduras. Não! Comem, sem saber também, seus amiguinhos — os animais. Elas comem os seus amigos, porque os pais assim o querem. Sem explicar que aquilo que está no prato é um pedaço d e animal morto, dizem: “pelo menos prove, é muito gostoso”, ou :“seja obediente! Se você comer tudo, ganha um pedaço de chocolate”. E, neste mesmo dia, a mamãe, em quem as crianças tanto confiam, lê com elas mais um livrinho com imagens de bichinhos, ou então, assiste com as crianças a um filme de animais.
Esse tipo de educação é pura falsidade. Porém, a maioria das crianças é educada desta maneira. Isto ocorre, porque os pais foram educados da mesma forma e, apesar de sua pretensa inteligência e de serem adultos, não entendem quanto esta educação é injusta para com os seus filhos. O pedaço de carne no prato e a vaquinha fofinha no pasto são idênticos! Todos sabem disso, mas poucos têm consciência deste fato.
Vegetariano. Por quê?
"A atitude mais importante que você pode tomar
para acabar com o sofrimento animal e proteger
o meio ambiente é parar de comer carne, aves e peixes."
Juliet Gellatley
fundadora e diretora de Viva!
Todos os anos milhares de animais enfrentam a selvageria do abate — muitos, totalmente conscientes. A maioria vive sua curta e dura vida em confinamento, tristeza e dor.
A cada ano, a Terra chega mais perto do desastre ambiental. Seja a poluição das águas ou a queimada das florestas tropicais; o aquecimento global ou o avanço dos desertos — a produção de gado está no centro do problema. Enquanto isso, os oceanos estão morrendo devido à pescaria desenfreada.
Todos os anos, milhões de crianças morrem de fome, enquanto aumentam os pastos e o cultivo de forragem destinada ao gado.
A cada ano aumentam as provas de que os vegetarianos são mais sadios do que os carnívoros. Mesmo assim, cada vez mais crianças estão adoecendo devido à alimentação baseada em produtos animais.
Da noite para o dia, com a simples decisão de parar de comer carne e peixe, você pára de fazer parte desta insanidade.
Breves
O que seria uma alimentação vegetariana saudável?
Essa alimentação
Inclui bastante frutas e hortaliças frescas.
Contém pouco açúcar e poucos alimentos refinados e industrializados.
Não inclui gorduras hidrogenadas nem gorduras trans (encontradas em muitas margarinas e massas produzidas com farinha branca).
Inclui pouca gordura animal saturada e poucos óleos vegetais (como óleo de milho e óleo de algodão).
Inclui mais água e menos refrigerantes; mais batata assada e menos batatinha frita; mais cereais integrais e menos produtos feitos com farinhas refinadas.
Sempre que possível, é preparada com alimentos orgânicos locais.
Não inclui MSG (Ajinomoto), adoçantes artificiais (aspartame), conservantes artificiais, corantes ou outros aditivos químicos.
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Fonte: Earth Save News, inverno 2004, p 3
Campanha"Coma menos carne" lançada por Jonathon Porrit
Estamos comendo carne demais. Esquecemos do nosso próprio bem, da sustentabilidade do planeta e do bem estar dos animais.
Fonte: Farm Animal Voice, 154, verão de 2004
www.eatlessmeat.org
Faça parte do grupo de atletas vegetarianos saudáveis,
fortes e que tem compaixão pelos animais:
Martina Navratilova
Campeã
de tênis
Keith
Holmes
Campeão de
boxe meio-peso
Phoebe Mills
Medalhista olímpica
em ginástica
Alimentação vegetariana é saudável!
As duas maiores associações de peritos em alimentação dos EUA publicaram na edição de junho de 2003 (vol.103, nº3) do Journal of the American Dietetic Association um artigo de 18 páginas baseado em 256 fontes, comprovando a seguinte declaração oficial:
"A alimentação vegana ou vegetariana, bem planejada, é adequada para qualquer fase da vida, inclusive durante a gravidez, a amamentação, a infância e a puberdade..."
Vocabulário:
Vegetarianismo é o sistema alimentar dos vegetarianos (partidários da alimentação exclusivamente vegetal).
Vegetarismo é o sistema alimentar dos vegetaristas (vegetarianos que admitem certos alimentos de origem animal, por exemplo o leite, o queijo, o ovo).
Os veganos não consomem qualquer produto de origem animal (nem leite, ovos, mel) e também não utilizam produtos feitos com couro, lã, seda e cosméticos que contenham ingredientes animais ou tenham sido testados em animais.
Acidentes nos matadouros
Segundo a estatística de acidentes de trabalho na Suíça, o trabalho em matadouros é de longe a atividade mais perigosa que existe. Em 1999 houve 486 acidentes por 1000 empregados em matadouros. Em comparação, na construção civil, ocorreram apenas 246 acidentes por 1000 empregados. (Saldo, 10.04.2002)
A saúde do cérebro
Consumir hortaliças ajuda as pessoas idosas a conservar boa memória e diminuir o risco de Alzheimer. As mulheres acima de 60 anos que comem regularmente mais hortaliças crucíferas (brócolis, couve flor) e folhas verdes (alface e espinafre) mostram maior vivacidade em testes que medem a memória, maior habilidade verbal e atenção quando atingem os 70 anos — elas sofrem menor perda de sua capacidade mental.
O efeito dessas hortaliças se deve certamente ao seu teor em antioxidantes e vitamina B. (Malcom R., Vous et votre témoignage santé, nº13, setembro 2004)
Doenças cardiovasculares e alimentação
As doenças do coração e dos vasos sangüíneos representam, na França, 30 milhões de consultas, 10 milhões de dias de hospitalização, 100.000 paradas de trabalho, ou seja, uma carga financeira estimada em mais de 10 bilhões de euros por ano!
No entanto, pesquisas científicas cada vez mais numerosas mostram que essas doenças são essencialmente devidas à um excesso de alimentação e uma alimentação demasiada rica em proteínas animais, que ficam depositadas nos capilares e nos tecidos. O excesso de proteína aumenta a carga ácida no organismo e a concentração de cálcio na urina.
É evidente, que outros fatores também contribuam: o abuso do sal de mesa, a falta de exercício físico, o estresse emocional e mental, o abuso de alimentos cozidos (e, portanto, desprovidos de enzimas e de vitaminas naturais) etc. A boa notícia é que cada um pode — livrando-se dos mitos propagados pelas indústrias alimentícias e descobrindo os recursos de uma alimentação vegetal, viva e variada — proteger-se contra as doenças invalidantes ou curar-se, se já estiver afetado. (Santé Nouvelles, fevereiro de 2003)
Declaração da ADA
A ADA (American Dietetic Association) publicou em junho uma nova declaração a respeito da alimentação vegetariana. O documento abrange 18 páginas, se baseia em 256 fontes, foi redigido por três autores e conferido por 27 cientistas. Ele declara o seguinte:
"É posição da ADA, que uma alimentação vegetariana, bem planejada, é saudável e, do ponto de vista nutricional, suficiente, além de oferecer vantagens para a saúde na prevenção e no tratamento de diversas doenças."
Além disso, a ADA até considera a alimentação vegana positiva:
"Uma alimentação vegana, bem planejada, ou outra forma de alimentação vegetariana é apropriada para qualquer fase da vida, inclusive durante a gravidez, a lactação, a infância e a puberdade..."
Esse documento é um marco notável para o reconhecimento da alimentação vegetariana e vegana na sociedade e na medicina acadêmica. O documento foi publicado pela ADA no seu Journal
of the American Dietetic Association em 2003, vol. 103: 748-765.
Ele pode ser copiado do site da American Dietetic Associacion:
www.eatright.org/public/governmentaffairs/92_17084.cfm
Bactérias resistentes
Prevalência de bactérias resistentes a antibióticos em frangos na Dinamarca (Center for Science in the Public Interest, 1999)
Antes da proibição do uso de antibióticos na produção de frangos — 82%.
Três anos após a proibição — 12%.
Para aqueles que querem se tornar vegetarianos
Muitas pessoas que se tornam vegetarianas passam a comer apenas pratos cozidos ou fritos, alimentos industrializados, doces, ovos e lacticínios. Essa alimentação é prejudicial à saúde. As pesquisas mostram que apenas uma alimentação vegetariana que inclui bastante alimentos orgânicos vivos (crus) pode beneficiar a saúde.
Conto mineiro (alerta para não vegetarianos)
"Sapassado, era sessetembro, taveu na cuzinha tomando
uma pincumel e cuzinhando um kidicarne com mastumate
pra fazer uma macarronada com galinhassada.
Quascaí de susto, quandoví um barui
vinde dendoforno, parecenum tidiguerra.
A receita mandopô midipipoca denda galinha prassá.
O forno isquentô, o mistorô e o fiofó da galinha ispludiu!
Nossinhora! Fiquei branco quinein um lidileite.
Foi um trem doidimais! Quascaí dendapia!
Fiquei sensabê doncovim, proncovô, oncotô.
Oiprocevê quelocura! Grazadeus ninguém semaxucô!"
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