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VIOLÊNCIA E SAÚDE






As Causas da violência
Comentário editorial de Patrícia Palmer, Presidente da FAUS

Todos os dias, somos confrontados com mais um caso de violência juvenil. Muitos procuram por respostas, mas procuram nos lugares errados. Algumas pessoas exigem novas pesquisas sobre as causas da violência e o Conselho Nacional de Pesquisas recomenda que os fatores genéticos e biológicos não sejam excluídos desses estudos. Mas antes, porque não examinarmos as pesquisas que já foram concluídas?

Já foram feitos estudos em escolas e centros de detenção juvenil, tanto na Inglaterra como nos Estados Unidos. Esses estudos demonstraram que uma alimentação, que elimina os aditivos e intensifica a nutrição, melhora significativamente tanto o comportamento quanto o desempenho acadêmico.

O Relatório Kellogg, um ponto de referência desses estudos, concluiu: “Cerca de 15% dos jovens americanos demonstram óbvios problemas de comportamento e aprendizado e os métodos atuais de tratamento não estão fazendo efeito. A nutrição, escolhas de estilo de vida e o estado do nosso meio ambiente, oferecem soluções para muitas das crises que assolam a sociedade.”

O Relatório continua, afirmando que “Muitas pessoas que aceitam a relação entre alimentação e doenças cardíacas ou outros males físicos, têm dificuldade em acreditar que a nutrição possa ter um efeito direto e determinante sobre o comportamento humano e disfunções da personalidade”.

O estudo observou que “Freud acreditava que ‘o mental é baseado no orgânico’, mas poucos psiquiatras consideram a conexão entre tipo de alimentação e comportamento. Na velha tradição ocidental de resolver tudo rápida e facilmente, o receituário é a primeira arma do médico, quer o paciente seja um adulto que sofre de ansiedade ou uma criança hiperativa com transtorno do déficit de atenção”.

Está na hora de levarmos esses conceitos a sério. Mais pesquisas? Talvez. Enquanto isso, eliminar aditivos químicos desnecessários e fazer escolhas alimentares mais sábias, não pode fazer mal, não custa mais e pode causar uma boa surpresa aos céticos.
Aspectos genéticos
e bioquímicos da criminalidade

William Walsh

Realizando pesquisas nos Argonne National Laboratories, decidi com meus colegas fazer algo mais do que escrever artigos que ficariam juntando pó em bibliotecas e seriam lidos apenas por cientistas. Resolvemos participar de um trabalho comunitário na área de crime e violência. Começamos na Penitenciária de Statesville — uma das três prisões mais severas dos EUA, onde estão indivíduos considerados extremamente violentos e incorrigíveis.

Acreditando que o criminoso é produto da sua vida passada e educação, organizamos um programa de assistência nos moldes dos Alcoólicos Anônimos. Já na saída da prisão, cada um recebe roupa e a indicação de um emprego.

Depois de trabalhar durante dois anos com dúzias de indivíduos violentos, descobrimos que nossos conceitos estavam completamente errados. Percebemos que essas pessoas eram diferentes do resto da população — e que a diferença era fisiológica. Duas colheres de sopa (30 ml) de cerveja causam deterioração dramática em sua personalidade e muitos apresentam graves reações a açúcar, trigo e leite. Constatamos também uma incidência muito elevada de eczema, acne e psoríase.

Iniciamos, então, com a ajuda dos computadores, uma busca de todas as pesquisas publicadas no mundo sobre anomalias psicológicas, criminologia, violência, psiquiatria avançada, hiperatividade, esquizofrenia etc. Descobrimos uma revolução na saúde mental.

Criminologistas e sociólogos famosos falam sobre fatores psicológicos (falta de amor, maus tratos, falta de disciplina) e fatores sociológicos (pobreza, ensino fraco, superpopulação) que levam ao crime. Recentemente, no entanto, eles têm dado mais atenção a fatores genéticos e biológicos. O interesse maior é voltado aos desequilíbrios químicos. Estudos feitos no Canadá mostram que chumbo, cádmio e outros tóxicos estão mais presentes em pessoas violentas do que em pessoas normais. Também foi descoberto que cromossomos anormais têm uma influência muito grande, sobretudo o cromossomo XYY. Pessoas com esse cromossomo têm incidência 40% superior de criminalidade.


Comportamento criminoso com irmãos gêmeos

Enquanto 15 anos antes todos atribuíam violência e crimes a lares dissolutos, ocorrências traumáticas ou maus tratos na infância, os estudos científicos — principalmente os estudos de adoções — mostravam que isso estava absolutamente errado.

Existe um banco de dados valioso na Escandinávia, com informação desde 1905, sobre crianças adotadas. O registro compreende mais de 100 mil indivíduos com dados detalhados sobre os pais verdadeiros, a família de adoção e a história dessas pessoas do berço até a morte.

Na Universidade da Califórnia reuniram informação sobre filhos masculinos com irmãos que tiveram a mesma mãe e o mesmo pai, e também com irmãos de pai desconhecido ou irmãos apenas por parte de mãe. As crianças eram adotadas, viviam em lares diferentes e nunca conheceram seus irmãos ou pais naturais. Os resultados foram impressionantes e mostraram que a criminalidade não é apenas questão de experiência de vida. Tem algo a ver com predisposição transmitida geneticamente.

O estudo de gêmeos fraternos e idênticos mostrou que a probabilidade da pessoa ser condenada por algum crime durante sua vida estava normalmente ao redor de 2,5% (uma pessoa em 40).

Entretanto, onde um gêmeo era delinqüente a probabilidade do gêmeo fraterno também ser criminoso era de 33%.

No caso de gêmeos idênticos (univitelinos) a probabilidade subia para 69%.

Desequilíbrio bioquímico

Uma palestra do Dr. Carl Pfeiffer, que durante 20 anos havia realizado estudos de esquizofrenia, mudou tudo o que estávamos fazendo. Sugeriu que focalizássemos o metabolismo dos metais — principalmente do cobre, zinco, lítio e cobalto. De pesquisas com oligoelementos ele obteve muitas informações sobre as causas da doença mental.

Fizemos um estudo de irmãos escolhendo pares em que um irmão era delinqüente e o outro, vivendo na mesma casa, perfeitamente normal e bom aluno. Nas crianças violentas encontramos, invariavelmente, taxas anormais de oligoelementos, como o Dr. Pfeiffer havia previsto.

Repetimos a experiência com um grupo bem maior de adultos e crianças. O resultado foi o mesmo. A maioria dos indivíduos violentos apresentava um desequilíbrio químico dos tipos A ou B.

Pessoas do tipo A apresentavam acessos de violência, mas após a explosão sentiam remorso. Indivíduos do tipo B eram sempre desagradáveis e perversos, segundo pais e professores. Não sentiam remorso, eram anti-sociais — desde a primeira infância.

Indivíduos com personalidade do tipo A
Em termos de oligoelementos, o indivíduo do tipo A (infrator ocasional) tem níveis extremamente baixos de zinco e níveis elevados de cobre. Cálcio e magnésio são ou muito altos ou muito baixos, nunca normais. Se tiveram contato com produtos tóxicos, freqüentemente têm níveis muito altos de chumbo e cádmio. O cádmio é um forte tóxico para o sistema nervoso e o chumbo também afeta a função cerebral.

Os sintomas típicos são uma personalidade maravilhosa, comportamento maravilhoso e, de repente, um episódio de comportamento terrível, pouco controle do "stress", violência. Depois que o episódio de violência acaba, ficam com muito remorso da sua falta de controle. Alergia, acne e queimaduras de sol são constantes. Rendimento escolar baixo, problemas de aprendizagem, dificuldade de atenção são muito comuns neste grupo.

Como exemplo tivemos um garoto de nove anos de Tacoma, EUA. Ele vivia perto da fundição de minérios Asarco Smelter, fonte de muitos tóxicos. Seu nível de cobre estava muito elevado, seu nível de zinco muito baixo e a relação zinco/cobre era de 1 para 1, quando o ideal é 8 a 12 por 1. A deficiência de zinco torna o cobre muito tóxico. O cobre, um elemento altamente irritante quando atinge níveis altos, provoca hiperexcitação e comportamento irracional.

O menino foi acusado de tentativa de assassinato aos 9 anos. Já tinha tomado 8 tipos diferentes de medicamentos e, no momento, tomava Ritalin. Após um tratamento de quatro meses, o nível de cobre ainda estava elevado, mas o nível de zinco começou a subir. Um ano mais tarde, seu exame de cabelo mostrou níveis normais. Desde então, este garoto — que todo mundo previa passar o resto dos dias numa instituição — terminou o colégio com notas excelentes, participou de vários esportes e ganhou uma bolsa para a universidade, onde se formou. Seu tratamento custou uns 20 dólares em nutrientes durante um mês e meio. Depois, houve apenas ênfase na melhoria da alimentação. Se esse resultado pudesse ser multiplicado aos milhares...

Na Universidade McGill, analisaram crianças com e sem problemas de aprendizagem. Observaram que as crianças com problemas tinham níveis muito mais altos de cádmio e taxas mais baixas de zinco do que as crianças sem problemas. Muitas crianças delinqüentes e adultos transgressores têm um histórico de problemas de aprendizagem na escola.

É possível identificar estes padrões já na criança pequena. Às vezes, o laboratório que realiza a análise do cabelo chama os médicos para perguntar se a criança apresenta problemas de comportamento. Os médicos ficam admirados que os problemas possam ser determinados dessa forma.

Examinamos e tratamos centenas de crianças com problemas de comportamento e percebemos que muitas também tinham dificuldades de aprender e eram hiperativas. Muitas crianças do tipo A melhoraram de forma notável. Houve diversos casos de crianças em classes especiais devido a baixo desempenho ou hiperatividade, que, após alguns meses de tratamento, eram transferidas, já normais, para as classes comuns — e um a dois anos mais tarde passavam para classes de superdotados.

Alto teor de cádmio e chumbo
Após a publicação do nosso trabalho, fomos convidados a participar de autópsias e perícias. O chefe de medicina legal de Oklahoma nos chamou para realizar uma análise de oligoelementos no assassino P. Sherril após a chacina no correio. Sua personalidade era do tipo A extremo. Seu desequilíbrio cobre / zinco era muito grave e seu nível de sódio estava abaixo do normal. O fator mais importante era o nível elevado de cádmio e, principalmente, o nível muito alto de chumbo. A Universidade de Oklahoma apontou o manuseio de munição como principal fonte de chumbo. Como campeão de tiro da Guarda Nacional, P. Sherril se envenenou inalando o vapor de chumbo saído da espingarda. Um desequilíbrio metabólico o tornara mais suscetível a tóxicos.

Indivíduos com personalidade do tipo B
O tipo B costuma ser agressivo; briga constantemente, não tem consciência alguma e sente absoluta falta de remorso. É um mentiroso patológico. Desde a infância, muitas pessoas do tipo B sentem uma fascinação pelo fogo. Freqüentemente são cruéis com animais e pessoas. Dormem apenas 3 ou 4 horas por noite.

Indivíduos com personalidade sociopática do tipo B (infrator permanente) são os mais assustadores, desde pequenos. São exatamente o contrário quanto ao nível de cobre. Em vez de ser extremamente alto como no tipo A, o nível de cobre é extremamente baixo e os níveis de sódio e potássio são elevados. Também tendem a ser sensíveis a tóxicos e os níveis de chumbo e cádmio, cálcio e magnésio costumam ser altos, enquanto os níveis de zinco e manganês são baixos.

Charles Manson, o famoso assassino, nos convidou para fazer um teste. Seu nível de cobre é um dos mais baixos que constatamos em 150.000 pessoas examinadas.

Nível altíssimo de cádmio
James Huberty, que atirou em 24 pessoas no McDonalds, em Ysidro, Califórnia, era um tipo B clássico. Seu nível de cádmio era o mais alto que encontramos num ser humano.

Esta informação, de certa forma, confortou a família — ele não era louco, mas estava sendo afetado pelo nível anormal desse neurotóxico, adquirido trabalhando durante 19 anos soldando ligas muito ricas em cádmio. Era um bom pai até dois anos antes do massacre. Foi encaminhado para tratamento psiquiátrico mas, como de costume, começou a receber medicamentos fortes e sua bioquímica não foi levada em consideração, apesar do seu histórico médico e uma cirurgia renal indicarem envenenamento por cádmio. O médico legista chamou a atenção para o fato de que o cádmio é uma substância letal que provoca morte por falha renal. Quando examinaram o histórico de J. Hubert, verificaram que havia estado no pronto-socorro duas vezes nos meses antes da chacina no McDonald’s devido a falha renal. Escreveu n o pedido de demissão do trabalho que os vapores da solda o estavam enlouquecendo.

Isso também vale para agrotóxicos e produtos químicos — tudo o que é tóxico para o organismo humano se torna muito mais tóxico ainda na presença do cádmio.

Nos cigarros há cádmio — na realidade, são a maior fonte de cádmio na nossa sociedade. Nos anos 20 e 30, as mulheres começaram a fumar e o cádmio começou a passar para o tecido da placenta, onde ocorre o primeiro contato do feto com essa substância. O cádmio interfere na absorção e utilização do zinco pelo feto, o que pode continuar e aumentar após o nascimento, quando o bebê é exposto aos níveis de cádmio do ar ambiente. Portanto, existe uma relação entre cádmio e fumaça de cigarro e os problemas de comportamento e aprendizagem.

O café é a segunda maior fonte de cádmio. Farinha branca refinada é outra fonte importante, porque o zinco protetor é removido dos grãos, enquanto o cádmio, no centro, permanece.

Nível alto de manganês
O manganês pode ser outro fator de violência, segundo um estudo da Escola de Medicina Irvine, da Universidade da Califórnia. Descobriram que infratores que apresentam mais que 7 ppm de manganês no cabelo tinham um histórico de violência. Querendo comprovar os resultados, fizerem uma pesquisa comparando a população normal com uma grande população de presos. Descobriram que havia muito mais manganês entre a população criminosa que entre a população normal.

Médicos homeopatas conseguem bons resultados na remoção de metais tóxicos do organismo. Normalmente, após um ano de tratamento, seus pacientes apresentam níveis muito baixos de elementos tóxicos no exame dos cabelos e significativa mudança de comportamento.

Nível de lítio na água
Outra fascinante correlação existe entre o nível de lítio da água potável e o crime, o suicídio e a dependência de heroína (mas não a dependência de maconha e o consumo de álcool).

A taxa de suicídios, homicídios e estupros é significativamente mais alta em municípios com água potável contendo pouca quantidade ou nenhuma de lítio. Em outro estudo, nenhum prisioneiro testado apresentava mais que 0,12 ppm de lítio, mas a maioria dos habitantes tinha níveis mais altos. O lítio parece contrabalançar os efeitos do manganês e prevenir o comportamento violento que ele provoca.

Albuquerque, no Novo México, apresentava os índices mais elevados de criminalidade nos Estados Unidos no início da década de 70, quando Alexander Schauss era encarregado da vigilância dos indivíduos após sua libertação da prisão. Ao ler estudos mostrando que as taxas de assassinato e os níveis de lítio na água potável são inversamente proporcionais, ele sugeriu a adição de lítio à água de Albuquerque para reduzir a taxa de criminalidade. Sua sugestão foi inicialmente recebida com descrença. Entretanto, a Universidade da Califórnia confirmou a correlação entre baixo teor de lítio e crime e também indicou a sugestão de Schauss como solução possível onde á água contém pouco lítio.

"Pegamos pessoas que o sistema judiciário considerou impossíveis de reabilitar e tratamos alguns, enquanto demos placebo para outros. Os resultados foram inacreditáveis, em termos de diminuição considerável da taxa de reincidência daqueles que tratamos." É preciso lembrar que, na Califórnia, cerca de 90% de todos os egressos do sistema penitenciário voltam à prisão no prazo de cinco anos, devido a nova infração.

O programa para réus primários da Universidade do Novo México, iniciado por Schauss e outros, recebeu em 1989 um prêmio especial de uma associação nacional de psiquiatria e foi nomeado "o programa de reabilitação mais bem-sucedido dos EUA". Após quase 20 anos, apresentava uma taxa de reincidência abaixo de 5%, fazendo jus ao prêmio recebido.
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Como o álcool agride o organismo
Na Inglaterra, nos últimos 30 anos, a morte de pessoas na faixa dos 35 aos 44 anos de idade, causada por cirrose do fígado, aumentou oito vezes entre os homens e sete vezes entre as mulheres. Os adolescentes ingleses embebedam-se com mais freqüência do que os do resto da Europa.
Além do fígado, o uso regular e excessivo do álcool pode causar danos:

aos olhos – a neurite ótica causada pelo álcool esgota as reservas de vitamina B1 e zinco, levando à cegueira nos casos mais graves;
à boca – quase a metade dos casos de câncer na boca, laringe e amídalas é causada pelo álcool;
ao cérebro – acredita-se que cerca de um terço dos casos de internação por demência seja causada pelo excesso de consumo de álcool;
ao coração – inflamação, lesões, arritmia, palpitação, batimento irregular;
aos seios – o excesso de álcool aumenta o risco do câncer de mama em 9%;
ao pâncreas – inflamação fatal
ao cólon – o álcool reduz os níveis de ácido fólico, o que leva ao câncer do cólon;
ao trato digestivo – 75% dos casos de câncer do esôfago são atribuídos ao álcool;
aos dentes – o álcool aumento o risco de doenças da gengiva;
aos cabelos – grande consumo de álcool desidrata os cabelos, tornando-os quebradiços e, em casos extremos, provocando sua queda;
ao sistema imune – dobra o risco de pneumonia, tuberculose e outras doenças infecciosas;
à pele – a desidratação aumenta o risco de psoríase;
às articulações – o álcool piora os casos de gota;
à fertilidade – reduz o desempenho sexual e também a fertilidade dos espermatozóides e dos óvulos;
às unhas – elas dependem da boa hidratação e do equilíbrio de nutrientes, ambos prejudicados pelo álcool;
aos nervos – o consumo abusivo prolongado do álcool pode causar inflamação dos nervos, ocasionando formigamento e dor;
aos músculos – a miosite (inflamação dos músculos) é comum e dolorosa para os alcoólatras;
Alarmado com as implicações para a saúde causadas pelo grande aumento do consumo de álcool (bebedeiras) por parte dos jovens, principalmente do sexo feminino, o Ministro da Saúde do Reino Unido quer que os fabricantes de bebidas alcoólicas coloquem, em suas garrafas e invólucros, advertências similares às usadas pela indústria do fumo.

A culinária para domar o crime

Há algum tempo, os presidiários usavam limas
para escapar da prisão, agora usam garfo e faca

Em Pitkin, Colorado, 500 prisioneiros passaram por um regime isento de alimentos nocivos e receberam refeições compostas de alimentos naturais. Um estudo mostrou que, desde sua liberação até o fim do estudo, nenhum prisioneiro teve problemas com a lei. Em Doughty, Geórgia, todo ofensor juvenil passa por um teste bioquímico e recebe suplementos nutricionais para ajudar a corrigir qualquer desequilíbrio químico. O crime juvenil quase parou — uma agradável exceção à tendência em muitas comunidades americanas. Em Cuyahoga Falls, Ohio, 600 criminosos receberam educação nutricional e começaram uma dieta que enfatiza refeições leves, cereais integrais, frutas e hortaliças frescas. 89% deles não cometeram outro crime.

É pura verdade que má nutrição e mau comportamento estão intimamente ligados. Entretanto, as pessoas que dirigem o milionário sistema de justiça criminal americano estão apenas começando a acordar para esse fato. Estão sendo despertadas por um pequeno grupo de homens e mulheres conscientes de que nenhuma abordagem de reabilitação criminal, assistência social, psicoterapia, terapia de grupo, psiquiatria, treinamento acadêmico e vocacional pode funcionar a menos que tenha o suporte de uma boa alimentação.

“Dos quase dois milhões de criminosos na prisão, mais de 70% já estiveram presos antes”, Alex Schauss nos contou, “portanto, algo tem que estar errado com o modo de reabilitação da maioria dos criminosos”.

Schauss é um ex-oficial da Comissão de Treinamento da Justiça Criminal do Estado de Washington. Ele supervisionou o treinamento dos oficiais encarregados da liberdade condicional e da liberdade assistida — os homens que lidam com criminosos fora da prisão. Para os manter do lado de fora, Schauss elaborou um curso chamado “Química Corporal e Comportamento Delinqüente”. O curso abrange informações detalhadas sobre saúde, incluindo alimentação, vitaminas, minerais, estresse, alergias a alimentos e exercícios físicos, que o oficial repassa ao ofensor. Será que este tipo de abordagem pode realmente amolecer um criminoso insensível? “Nenhum oficial me procurou e disse que esta abordagem não funciona. E, se não funcionasse, eu estaria sabendo disso”, disse Schauss. Estudos confirmam essa afirmação.

Guerra contra as drogas
A espantosa hipocrisia do Ocidente

Apesar dos repetidos fracassos da guerra contra as drogas,
ela continua a todo vapor.
Provavelmente as verdadeiras motivações
são mais econômicas e políticas do que sanitárias ou sociais...

O preço do café despenca, viva a coca!
Em julho de 1989, enquanto a Colômbia declarava guerra aos traficantes de drogas, o Acordo Internacional do Café é rompido, em conseqüência das pressões do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Resultado: uma queda do preço de cerca de 50%, isto é, uma perda de 100 milhões de dólares em seis meses só para a Colômbia, onde o café é responsável por 40% das exportações. O desemprego atinge 3 milhões de pessoas (10% da população) que trabalham nesse setor.

Assim, alguns agricultores se voltam naturalmente para a coca, cujos lucros são mais elevados (em média, quatro vezes maiores) e o comércio, mais estável. Sem falar de outras vantagens: acaba o longo e penoso trabalho de transportar a colheita ao mercado mais próximo — os traficantes vêm buscar o produto e trazem sacos repletos de notas verdes.

O exemplo colombiano está longe de ser o único. Em diversos países do Terceiro Mundo ou regiões carentes — do Triangulo de Ouro (Tailândia e Laos) ao Rif marroquino, passando pelo Oriente Médio, o Mali, a Guiné, os países andinos etc. — as áreas destinadas às culturas ilícitas (maconha, ópio, coca) estão em constante expansão. A maior parte desses países têm uma grande população rural, constituída principalmente por agricultores.Todos esses camponeses têm cada vez menos condições de enfrentar a globalização da economia e a modernização capitalista, em que são obrigados a concorrer com os camponeses ocidentais, cuja produtividade é cem vezes superior à sua. Essa concorrência é ainda mais desleal porque os produtores do norte dispõem de subsídios que representam entre 42% e 75% do preço de venda, dependendo do produto e do país.

Os camponeses do sul são forçados a abandonar a produção de alimentos destinados ao mercado interno e voltar-se para culturas de exportação — café, cacau, frutas cítricas — cujo preço é manipulado (com prejuízo) pelas multinacionais (General Food, Nestlé, Douwe Egberts e Procter & Gamble para o café) e, buscam, finalmente, a sua salvação nas culturas ilícitas.

Projetos enganosos, soluções inaplicáveis
Conscientes desse círculo vicioso, mas nem um pouco interessados em corrigí-lo na fonte, os países ricos elaboram diversos “projetos de desenvolvimento” nebulosos, aparentemente destinados a promover a substituição das culturas proibidas por plantações lícitas. Exemplo: o projeto “Agro Yungas” lançado na Bolívia por iniciativa da ONU, visando plantar café em lugar de coca. Mediante um empréstimo, os agricultores, que aceitaram as regras do jogo, foram convencidos de que conseguiriam quatro colheitas anuais. O resultado após cinco anos foi uma magra colheita anual, os grãos secando no pé, camponeses endividados até o pescoço e 4/5 dos 21 milhões de dólares, destinados ao projeto, que nunca chegaram aos interessados. Durante esse tempo, a coca do vizinho produz três vezes por ano a preços astron&ocir c;micos...

A solução preconizada por alguns seria aumentar a diversificação agrícola e reabilitar a cultura de alimentos, garantindo uma relativa proteção do mercado interno em relação à exploração agrícola dos países industrializados. Entretanto, na prática, isso é impossível: os famosos “planos de ajustamento estrutural” — verdadeiros garrotes econômicos impostos pelo FMI e o Banco Mundial para o pagamento da dívida externa — opõem-se a qualquer protecionismo. Em nome do livre intercâmbio, favorecem, ao contrário, a importação de produtos alimentícios, forçando os países do sul à especialização...em culturas “seguras”. Resolver o problema da droga e dos narco-dólares, sem procurar ao mesmo tempo uma solução equil ibrada e justa para o problema da dívida dos países do Terceiro Mundo, parece conseqüentemente uma solução pouco realista.

Paranóia: prioridade da droga sobre a fome
Para o cúmulo da hipocrisia, os países ocidentais, designaram a droga como o flagelo número um em países onde os problemas principais são na verdade a fome, a desnutrição crônica e a pobreza.

“É contra a miséria e a fome que temos que declarar a guerra”, afirma o Pastor Claude Olievenstein numa entrevista, “fazemos tudo errado quando procuramos primeiramente substituir as colheitas ilícitas dos países subdesenvolvidos por outras colheitas. Essas são muito menos rendosas, apresentam problemas de comercialização etc. É a espiral da pobreza sem fim. Essa solução é demente e demagógica! Os órgãos internacionais”, continua, “ colocam à disposição de governos, muitas vezes corruptos, recursos para o combate à droga bem mais importantes do que aqueles que são usados contra a fome e o analfabetismo.”

Países produtores, países consumidores, uma distinção falsa... mas operacional
Reservando o rótulo de “produtores” apenas aos países do sul, os países ricos “consumidores” justificam uma guerra ao narcotráfico como pretexto para aumentar o controle polivalente sobre esses países desfavorecidos por um comércio internacional injusto. Essa distinção “produtores / consumidores” é falsa por vários motivos.

Em primeiro lugar, ela repousa sobre uma classificação arbitrária das drogas que torna lícitas as que vêm do Norte (álcool, fumo, medicamentos) e ilícitas as do Sul (coca, ópio, maconha..., muitas das quais desempenham um papel socioeconômico e religioso comparável ao do vinho no Ocidente). “A folha de coca é usada diariamente nos países andinos (nascimento, colheitas, medicina natural, infusões), onde suas qualidades nutritivas a tornam um complemento indispensável da alimentação muitas vezes insuficiente”, afirma Frères des Hommes. Isso não impediu as autoridades espanholas de confiscar oito quilos de folhas de coca destinadas ao Pavilhão Boliviano da Exposição Internacional de Sevilha... Imaginemos o que aconteceria se, de maneira semelhante, a França fosse proibida de exportar não apenas seus vinhos, mas até a sua uva e fosse obrigada a arrancar os seus vinhedos!

Em segundo lugar, essa distinção “produtores / consumidores” é contestada pela evolução da produção de drogas ilícitas nos países ocidentais: os Estados Unidos, apesar de seu papel de líder no combate às drogas, produzem 12% da maconha mundial. A “guerra às drogas” vai se tornar uma guerra civil? Não é essa a finalidade.

Em terceiro lugar, é preciso saber que os países industrializados produzem e exportam não apenas álcool, fumo e medicamentos, cujos efeitos são muitas vezes devastadores sobre as populações do Terceiro Mundo, mas também produtos químicos necessários à fabricação das drogas (éter,acetona...). Alguns gigantes da indústria química (principalmente dos EUA e da Alemanha) alimentam, cientes do que acontece — por meio de intermediários — a produção de heroína ou de cocaína, que não poderia funcionar sem esses produtos de base.

E, enquanto as campanha anti-fumo estão no auge nos países ricos, as sete multinacionais que dominam o mercado do cigarro se voltam com eficiência para os países do Terceiro Mundo, onde o consumo aumenta vertiginosamente. Fumo de má qualidade — subvencionado por Bruxelas — taxas de nicotina e alcatrão elevadas. O Terceiro Mundo têm o direito a um tratamento especial!


O álcool e o fumo, aos quais a sociedade paga
um pesado tributo anual de doenças graves e mortes,
deveriam ser enquadrados numa política real
de prevenção da toxicomania.
Eles se beneficiam atualmente de leis amenas.

Finalmente, a distinção “produtores / consumidores” é falsa, infelizmente, porque hoje em dia é nos países do Terceiro Mundo que encontramos o maior número de consumidores de drogas. É inevitável que a produção tenha conseqüências locais. Os jovens, empregados na produção de drogas, são, às vezes, pagos com produtos ilícitos nocivos fabricados no local e os traficantes também desenvolvem o comércio local para se protegerem contra as variações do comércio internacional.

No Paquistão, onde as drogas clássicas eram desconhecidas até o final da década de 80, existem atualmente milhares de jovens viciados em heroína. Também na Tailândia e na Malásia milhares de pessoas estão afetadas, para citar apenas alguns casos. È preciso acrescentar a isso a propagação do alcoolismo — vários povos foram destruídos por essa droga importada que não fazia parte de sua cultura — assim como o uso de colas e solventes pelas crianças dos grandes centros urbanos, com danos irreparáveis no sistema nervoso central.

Por todas essas razões, “a guerra contra as drogas” está longe de ser uma nobre cruzada do bem contra o mal, como a propaganda política quer fazer crer. O Ocidente combate um mal que ele provoca de um lado e alimenta do outro, satisfazendo tanto os interesses políticos como os econômicos. A guerra contra as drogas é uma guerra protecionista e discriminatória, que usa pretensas motivações sanitárias e sociais como disfarce. Os verdadeiros perdedores dessa falsa guerra são os excluídos, os desfavorecidos, todos os elos fracos da cadeia social que continuam a deslizar pela ladeira da toxicomania, porque o verdadeiro combate contra a droga ocorre em outro lugar. “ Nós lutamos por valores humanos e morais”, clamam para se justificar os narco-exterminadores. Sempre lutamos por aquilo que mais nos falta...
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Guerra contra as drogas
A espantosa hipocrisia do Ocidente

Apesar dos repetidos fracassos da guerra contra as drogas,
ela continua a todo vapor.
Provavelmente as verdadeiras motivações
são mais econômicas e políticas do que sanitárias ou sociais...

O preço do café despenca, viva a coca!
Em julho de 1989, enquanto a Colômbia declarava guerra aos traficantes de drogas, o Acordo Internacional do Café é rompido, em conseqüência das pressões do Departamento do Comércio dos Estados Unidos. Resultado: uma queda do preço de cerca de 50%, isto é, uma perda de 100 milhões de dólares em seis meses só para a Colômbia, onde o café é responsável por 40% das exportações. O desemprego atinge 3 milhões de pessoas (10% da população) que trabalham nesse setor.

Assim, alguns agricultores se voltam naturalmente para a coca, cujos lucros são mais elevados (em média, quatro vezes maiores) e o comércio, mais estável. Sem falar de outras vantagens: acaba o longo e penoso trabalho de transportar a colheita ao mercado mais próximo — os traficantes vêm buscar o produto e trazem sacos repletos de notas verdes.

O exemplo colombiano está longe de ser o único. Em diversos países do Terceiro Mundo ou regiões carentes — do Triangulo de Ouro (Tailândia e Laos) ao Rif marroquino, passando pelo Oriente Médio, o Mali, a Guiné, os países andinos etc. — as áreas destinadas às culturas ilícitas (maconha, ópio, coca) estão em constante expansão. A maior parte desses países têm uma grande população rural, constituída principalmente por agricultores.Todos esses camponeses têm cada vez menos condições de enfrentar a globalização da economia e a modernização capitalista, em que são obrigados a concorrer com os camponeses ocidentais, cuja produtividade é cem vezes superior à sua. Essa concorrência é ainda mais desleal porque os produtores do norte dispõem de subsídios que representam entre 42% e 75% do preço de venda, dependendo do produto e do país.

Os camponeses do sul são forçados a abandonar a produção de alimentos destinados ao mercado interno e voltar-se para culturas de exportação — café, cacau, frutas cítricas — cujo preço é manipulado (com prejuízo) pelas multinacionais (General Food, Nestlé, Douwe Egberts e Procter & Gamble para o café) e, buscam, finalmente, a sua salvação nas culturas ilícitas.

Projetos enganosos, soluções inaplicáveis
Conscientes desse círculo vicioso, mas nem um pouco interessados em corrigí-lo na fonte, os países ricos elaboram diversos “projetos de desenvolvimento” nebulosos, aparentemente destinados a promover a substituição das culturas proibidas por plantações lícitas. Exemplo: o projeto “Agro Yungas” lançado na Bolívia por iniciativa da ONU, visando plantar café em lugar de coca. Mediante um empréstimo, os agricultores, que aceitaram as regras do jogo, foram convencidos de que conseguiriam quatro colheitas anuais. O resultado após cinco anos foi uma magra colheita anual, os grãos secando no pé, camponeses endividados até o pescoço e 4/5 dos 21 milhões de dólares, destinados ao projeto, que nunca chegaram aos interessados. Durante esse tempo, a coca do vizinho produz três vezes por ano a preços astron&ocir c;micos...

A solução preconizada por alguns seria aumentar a diversificação agrícola e reabilitar a cultura de alimentos, garantindo uma relativa proteção do mercado interno em relação à exploração agrícola dos países industrializados. Entretanto, na prática, isso é impossível: os famosos “planos de ajustamento estrutural” — verdadeiros garrotes econômicos impostos pelo FMI e o Banco Mundial para o pagamento da dívida externa — opõem-se a qualquer protecionismo. Em nome do livre intercâmbio, favorecem, ao contrário, a importação de produtos alimentícios, forçando os países do sul à especialização...em culturas “seguras”. Resolver o problema da droga e dos narco-dólares, sem procurar ao mesmo tempo uma solução equil ibrada e justa para o problema da dívida dos países do Terceiro Mundo, parece conseqüentemente uma solução pouco realista.

Paranóia: prioridade da droga sobre a fome
Para o cúmulo da hipocrisia, os países ocidentais, designaram a droga como o flagelo número um em países onde os problemas principais são na verdade a fome, a desnutrição crônica e a pobreza.

“É contra a miséria e a fome que temos que declarar a guerra”, afirma o Pastor Claude Olievenstein numa entrevista, “fazemos tudo errado quando procuramos primeiramente substituir as colheitas ilícitas dos países subdesenvolvidos por outras colheitas. Essas são muito menos rendosas, apresentam problemas de comercialização etc. É a espiral da pobreza sem fim. Essa solução é demente e demagógica! Os órgãos internacionais”, continua, “ colocam à disposição de governos, muitas vezes corruptos, recursos para o combate à droga bem mais importantes do que aqueles que são usados contra a fome e o analfabetismo.”

Países produtores, países consumidores, uma distinção falsa... mas operacional
Reservando o rótulo de “produtores” apenas aos países do sul, os países ricos “consumidores” justificam uma guerra ao narcotráfico como pretexto para aumentar o controle polivalente sobre esses países desfavorecidos por um comércio internacional injusto. Essa distinção “produtores / consumidores” é falsa por vários motivos.

Em primeiro lugar, ela repousa sobre uma classificação arbitrária das drogas que torna lícitas as que vêm do Norte (álcool, fumo, medicamentos) e ilícitas as do Sul (coca, ópio, maconha..., muitas das quais desempenham um papel socioeconômico e religioso comparável ao do vinho no Ocidente). “A folha de coca é usada diariamente nos países andinos (nascimento, colheitas, medicina natural, infusões), onde suas qualidades nutritivas a tornam um complemento indispensável da alimentação muitas vezes insuficiente”, afirma Frères des Hommes. Isso não impediu as autoridades espanholas de confiscar oito quilos de folhas de coca destinadas ao Pavilhão Boliviano da Exposição Internacional de Sevilha... Imaginemos o que aconteceria se, de maneira semelhante, a França fosse proibida de exportar não apenas seus vinhos, mas até a sua uva e fosse obrigada a arrancar os seus vinhedos!

Em segundo lugar, essa distinção “produtores / consumidores” é contestada pela evolução da produção de drogas ilícitas nos países ocidentais: os Estados Unidos, apesar de seu papel de líder no combate às drogas, produzem 12% da maconha mundial. A “guerra às drogas” vai se tornar uma guerra civil? Não é essa a finalidade.

Em terceiro lugar, é preciso saber que os países industrializados produzem e exportam não apenas álcool, fumo e medicamentos, cujos efeitos são muitas vezes devastadores sobre as populações do Terceiro Mundo, mas também produtos químicos necessários à fabricação das drogas (éter,acetona...). Alguns gigantes da indústria química (principalmente dos EUA e da Alemanha) alimentam, cientes do que acontece — por meio de intermediários — a produção de heroína ou de cocaína, que não poderia funcionar sem esses produtos de base.

E, enquanto as campanha anti-fumo estão no auge nos países ricos, as sete multinacionais que dominam o mercado do cigarro se voltam com eficiência para os países do Terceiro Mundo, onde o consumo aumenta vertiginosamente. Fumo de má qualidade — subvencionado por Bruxelas — taxas de nicotina e alcatrão elevadas. O Terceiro Mundo têm o direito a um tratamento especial!


O álcool e o fumo, aos quais a sociedade paga
um pesado tributo anual de doenças graves e mortes,
deveriam ser enquadrados numa política real
de prevenção da toxicomania.
Eles se beneficiam atualmente de leis amenas.

Finalmente, a distinção “produtores / consumidores” é falsa, infelizmente, porque hoje em dia é nos países do Terceiro Mundo que encontramos o maior número de consumidores de drogas. É inevitável que a produção tenha conseqüências locais. Os jovens, empregados na produção de drogas, são, às vezes, pagos com produtos ilícitos nocivos fabricados no local e os traficantes também desenvolvem o comércio local para se protegerem contra as variações do comércio internacional.

No Paquistão, onde as drogas clássicas eram desconhecidas até o final da década de 80, existem atualmente milhares de jovens viciados em heroína. Também na Tailândia e na Malásia milhares de pessoas estão afetadas, para citar apenas alguns casos. È preciso acrescentar a isso a propagação do alcoolismo — vários povos foram destruídos por essa droga importada que não fazia parte de sua cultura — assim como o uso de colas e solventes pelas crianças dos grandes centros urbanos, com danos irreparáveis no sistema nervoso central.

Por todas essas razões, “a guerra contra as drogas” está longe de ser uma nobre cruzada do bem contra o mal, como a propaganda política quer fazer crer. O Ocidente combate um mal que ele provoca de um lado e alimenta do outro, satisfazendo tanto os interesses políticos como os econômicos. A guerra contra as drogas é uma guerra protecionista e discriminatória, que usa pretensas motivações sanitárias e sociais como disfarce. Os verdadeiros perdedores dessa falsa guerra são os excluídos, os desfavorecidos, todos os elos fracos da cadeia social que continuam a deslizar pela ladeira da toxicomania, porque o verdadeiro combate contra a droga ocorre em outro lugar. “ Nós lutamos por valores humanos e morais”, clamam para se justificar os narco-exterminadores. Sempre lutamos por aquilo que mais nos falta...
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O leite de soja é saudável para o bebê?

A soja é uma leguminosa particularmente eficiente em extrair manganês do solo e concentrá-lo em seus grãos. Em média, a mamadeira de soja contém uma concentração de manganês 200 vezes (1,2 miligramas / litro) mais elevada do que aquela encontrada no leite materno (0.005 miligramas / litro).

O manganês é um oligoelemento essencial mas, em quantidade excessiva, pode causar danos neurológicos. Seu nível natural no leite materno é precisamente o necessário para produzir mais de 50 reações bioquímicas no bebê, cujo fígado imaturo não consegue excretar qualquer excesso ingerido. Em vez disso, ele é depositado no plasma sangüíneo, nas células vermelhas do sangue, no fígado, nos rins e em outros tecidos do corpo, incluindo os gânglios basais, uma massa de tecido nervoso no fundo do cérebro.

O Dr. Francis Crinella, professor de pediatria na Universidade Irvine da Califórnia, calcula que um bebê de oito meses, tomando leite de soja, absorve 1,1 mg por dia além do necessário. Cerca de 8% do excesso se aloja nos gânglios basais ameaçando provocar uma lesão pelo manganês. Nos primeiros meses de vida o cérebro do bebê está particularmente vulnerável, porque ele está se desenvolvendo muito rápido. É provável que um pequeno dano nesta idade possa ter maiores repercussões na infância ou na adolescência.

Três condições que foram ligadas ao excesso de manganês no corpo são:

esses doentes têm níveis excessivos de manganês nos gânglios basais;
transtorno do Deficit de Atenção / Hiperatividade (TDAH) nas crianças cujo cabelo continha altos níveis de manganês. Essas crianças nasceram e viveram sempre na Califórnia, onde os níveis de manganês no meio ambiente são baixos, o que sugere que a fonte seja a alimentação. Quando as crianças passam para alimentos sólidos, seu organismo consegue lidar com 97% de qualquer manganês ingerido. Portanto, o acumulo deve ter ocorrido no início da vida, indicando que a mamadeira de soja seja a responsável;
comportamento agressivo ou criminoso dos jovens cujo cabelo continha altos níveis de manganês.
Também Naomi Baumslag, professora titular de pediatria na Faculdade de Medicina da Universidade de Georgetown e presidente da Rede Feminina de Saúde Pública diz que, aquilo que falta na mamadeira do leite de soja, pode ser tão prejudicial quanto aquilo que ela contém. A mamadeira não oferece ou oferece em nível insuficiente inúmeras substâncias (por exemplo: ácidos graxos, fatores de crescimento, lactoferina, casomorfina e fatores imunológicos como IgA, neutrófilos, macrófagos, células-T, células-B e interferona) todas fornecidas pela mãe no leite materno para defender o seu filho!!!

Atualmente, nos Estados Unidos apenas 50% dos bebês são amamentados ao menos uma vez na vida. Aos 8 meses somente 12% dos bebês continuam sendo amamentados.

Os animais, nossos irmãos

Aqueles que desejam paz e menos violência
precisam examinar, sem preconceito,
os ensinamentos do vegetarianismo
Enquanto criamos animais em confinamento, vamos ter prisões.
Enquanto torturamos e matamos animais,
vamos continuar torturando e matando seres humanos.
É inútil ficarmos horrorizados com a crueldade
cometida contra pessoas inocentes.
Precisamos ficar horrorizados com a crueldade contra animais inocentes que nós mesmos provocamos pela nossa alimentação.
O que significa o pequeno sacrifício de não comer carne,
perante a satisfação de levar a paz ao reino animal,
ao invés de pavor e morte?

Irmão não se persegue, não se mata.

A Nestlé vence!
Em uma competição acirrada com 20 competidores importantes, a Nestlé obteve, sem esforços, o prêmio máximo dos Public Eye Awards, entregue em 26 de janeiro de 2005 aos “casos mais gritantes de irresponsabilidade empresarial”.

Entidades não-governamentais indicaram 20 empresas e os prêmios foram entregues a finalistas em quatro categorias — direitos humanos (Dow Chemical Company), meio ambiente (Dow Chemical Company), direitos trabalhistas (Grupo Royal Dutch/Shell), impostos (lojas Wal-Mart). Embora estes finalistas mostrassem irresponsabilidade excepcional, tanto social como ambiental, nenhum competidor foi capaz de se igualar à Nestlé em seu comportamento mundial abaixo da crítica.

A entidade filantrópica Breakthrough Breast Cancer (de combate ao câncer), rejeitou uma oferta de um milhão de Libras Esterlinas da Nestlé, devido à promoção ilegal que a empresa faz da mamadeira entre as mães em todo o mundo. (Ethical Consumer)

Armas de fogo
Durante um ano, armas de fogo não mataram nenhuma criança no Japão, mas mataram 19 na Grã- Bretanha, 57 na Alemanha, 109 na França, 153 no Canadá e 5.285 nos EUA. Para cada criança morta por uma arma de fogo, quatro foram feridas. Provavelmente as armas de fogo vão superar os acidentes de trânsito como causa de óbito nos EUA. A proporção de mortes por armas de fogo para crianças menores de 14 anos é 12 vezes superior nos EUA aos 25 outros países industrializados combinados. (www.bradycampain.org - The Brady Center to Prevent Gun Violence).

O mercado global
Acho que está na hora de redefinir o crime... Quando os executivos de grandes empresas autorizam o depósito da poluição no ar ou na água, causando prejuízo enorme ao ambiente e, eventualmente, matando milhares de pessoas — isso, sim, deveria ser um crime... Esses crimes empresariais deveriam estar registrados como delito grave, até mais grave do que os crimes cometidos pelos criminosos de rua.

Por quê? Muitos criminosos de rua violam a lei porque estão intoxicados ou tão desorientados mentalmente, que não conseguem mais encontrar um caminho honesto para sair de sua situação. Os criminosos empresariais, ao contrário, sabem exatamente o que estão fazendo e porque estão assim agindo. Seu motivo é pura ganância... Para mim essa pessoa é mil vezes mais criminosa e imoral do que o marginal que roubou a minha televisão em cores. (Michael Moore em Downsize This!)

Televisão e violência
Pesquisadores da Universidade da Colômbia e do Instituto Psiquiátrico do Estado de Nova York, seguiram durante 17 anos a vida de 707 adolescentes (91% brancos e 54% católicos). Segundo entrevistas com as crianças e as mães e os dados dos registros policiais, eles levantaram os atos de violência cometidos (brigas, agressões, ameaças, utilização de armas...) por certos adolescentes.

41% das crianças que passavam mais de três horas diante da televisão, na idade aproximada de 14 anos, haviam agredido ou machucado alguém segundo os dados obtidos. Para as crianças da mesma idade, que olhavam a televisão menos de uma hora, a proporção era de apenas 8,9%. ( SCIENCE )